quarta-feira, 23 de março de 2011

Portária (não, não tenho um título melhor, se necessário mudarei) - Prólogo


                Oi, me chamo Peter, tenho 17 anos, estou terminando o ensino médio e vou contar a todos como minha vida era e como ela mudou nessa semana. Se você está lendo isso, é provável que eu tenha morrido, como você vai ler eu não sei, mas se você ler, te deixo um aviso, um bebê orc nunca - eu disse NUNCA - está sozinho.
                Bom, a minha história é a seguinte, meu pai morreu quando eu tinha cinco anos em um acidente de avião, deixando minha mãe e eu apenas com a fortuna que ele fez na vida criando um jogo online em massa de RPG que eu adoro jogar, me faz sentir próximo do cara sabe? Você deve pensar: "Ohh, coitadinho, tão novo. Coitada da mãe, tendo que sozinha cuidar dele tão cedo." A verdade é que fui criado por várias babás enquanto minha mãe "afogava" as mágoas nas boates mais caras do rio de janeiro. Cresci estudando nas escolas mais caras, sendo obrigado a fazer de tudo para não ficar em casa, desde karatê até Le Parkour. Um geek atlético, acho que o único.
                Isso foi minha vida até os 17. Há duas semanas, enquanto jogava o jogo do papai e conversava com meu maior companheiro naquele mundo virtual (por sinal o único que eu tinha na vida), ele me disse que precisava da minha ajuda para derrotar um chefe no jogo e que iria ser perigoso, então eu disse, “por que não?” Afinal, sou o terceiro melhor no rank mundial, ele era o quinto melhor, se morrermos simplesmente voltamos e renascemos e, se dermos sorte, ninguém vai ter roubado nossa presa. Enfim, fomos atrás da temível quimera e começamos a procura no mapa, eu fui com meu personagem cavaleiro e ele que só tinha aquele personagem foi com o assassino. Encontramos a quimera, tudo indo como o costume, bate, apanha e toma poção de cura. As minhas começam a acabar, ele para de ter sua vida recuperada (suas poções acabaram). Bom, foi difícil e tudo, mas no final de minha vida e na dele eu consegui. Nunca tinha visto a vida dele ficar tão no fim como desta vez, oito pontos de vida, espera, passou três minutos e foi para sete, e então ele olhou para mim e disse:
                - Não vou conseguir, eu acho que dessa vez eu não vou conseguir.
                - Como assim, isso é só um jogo, daqui a pouco nos encontramos na cidade.
                - Não é tão simples, digamos que eu entrei demais no personagem, que tudo aqui para mim, é real.
                - Você ta ficando louco?
                - Você gostaria de conhecer melhor a "criação" de seu pai?
                - Claro que gostaria, mas por que você continua com essa história?
                - Bom, eu devia realizar todo um preparo para isso, mas se eu morrer, morre comigo minha classe, então, RENASÇA!
                Pronto, a merda tava feita, eu acordei numa cama parecendo que tava em um quarto medieval, com roupas medievais e essas coisas medievais. Ele sobreviveu, voltou para casa e agora o fudido era eu, eu entrei demais no meu personagem agora to sendo perseguido por uma vila de orcs inteira.
                Oi, esse sou eu, prestes a morrer com 17 anos, virgem e...

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