segunda-feira, 14 de março de 2011

Lune's Prince - Capítulo 1

                 - Acorde!
                - ...
                - Que horas sã...
                Kaboom
                - Eles nos acharam!
                - Vamos, precisamos ir!
                - Merda, eu sabia que ela falaria!
                - Agora não faz diferença! Vá!
                Krieg desembainhou sua espada pronto para uma batalha enquanto o teto estava cedendo. Lune estava prestes a desembainhar sua espada quando, de supetão, avistou a si mesmo ao olhar para Krieg.
                - É bater ou correr, Krieg. E eu prefiro ficar e lutar por uma causa perdida sem te perder. Então não ouse fazer o que está pretendendo.
                - Eu bato e você corre! Eu posso chamar a atenção deles enquanto você foge, afinal de contas, sem um líder temos uma causa perdida, mas se você estiver vivo a historia continua.
                - Mas não posso te deixar para trás!
                - Pode... pode e vai. – Logo que terminou de dizer isso, Krieg estendeu a mão para Lune que saiu voando dez metros no corredor enquanto passavam mais dois companheiros que vinham ajudar.
                - Vocês dois,! Levem-no a um lugar seguro, ele está inconsciente.
                O braço esquerdo desapareceu juntamente com uma explosão enquanto ele dava um pulo para fora do teto e urrando de dor, para o que seria sua morte certa.
                Mika e Sonny olharam um para o outro e não pestanejaram em colocar Lune em seus ombros para levá-lo para fora daquela loucura que se encontrava seu QG.
                - Mika, você acha mesmo que vamos conseguir fugir daqui com o alvo deles? - disse Sonny com um sorriso sarcástico no rosto.
                - Sonny, você está mesmo pensando em deixar nosso líder para esses humanos safados, não é?
                - Não quis dizer exatamente isso, mas o que você acha de deixarmos ele aqui e voltar para buscar depois? Sabe, se ele estiver aqui é claro.
                - Não se esqueça de quem foi seu criador e o que ele fez por você! Mais que isso, não se esqueça quem foi o cara que tirou você das mãos dele.
                - Só estava brincando...
                - Que seja. O esconderijo no quarto de sua filha ainda existe, ou você encheu de tranqueiras depois que ela foi?
                - Eu já te disse, o quarto dela é como um museu para mim.
                - Então, pelo que vimos lá trás, o castelo já está cercado até pelos ares. Não vamos conseguir fugir, mas se formos sortudos o suficiente, não irão nos achar lá. Mas seu museu certamente irá precisar de uma reforma daqui a algum tempo.
                Mika e Sonny continuaram correndo pelo corredor carregando Lune através dos corredores do castelo, tentando evitar combate ao máximo possível enquanto tudo começava a desmoronar, desviando dos corpos sem vida deixados ao chão daquele antigo castelo que já havia resistido tantas vezes às batalhas e às mudanças do tempo, e agora iria sucumbir para um bando de humanos sujos e sem escrúpulos. Amigos e inimigos lado a lado no chão, alguns amigos quase mortos tentando lamber sangue dos corpos humanos mortos, tentando de alguma forma sobreviver para contar às suas esposas, que teriam um sorriso amarelo sobre o que havia acontecido naquele massacre, enquanto o braço ou a perna costurada estaria próximo ao fim da regeneração.
                Sonny e Mika assistiam a tudo com uma ira crescendo dentro do peito. Impotentes, incapazes de ajudar a todos... O príncipe era mais importante, levar o príncipe a um lugar seguro, ou não haveria razão para todo aquele caos, afinal, todos morriam por ele.
                Percorrendo os corredores eles se deparam com a única porta de madeira que havia restado depois da evolução da tecnologia que aquele castelo havia acompanhado a fim de se tornar uma fortaleza segura de situações como aquela.
                A porta, intocada, foi aberta por Sonny que carregava a chave em seu pescoço, ele teria chorado se pudesse. Deixou o corpo de Lune apenas para Mika segurar, tateando a parede como se procurasse algo. Apertou a parede num certo ponto onde tinha uma das vária estrelinhas coloridas desenhadas sobre aquela parede rosa, abrindo uma passagem quadrada na parede suficiente para uma pessoa agachada ou uma criança passar. Sonny pegou o corpo de Lune e jogou dentro da passagem que continha um pequeno esconderijo onde caberiam quatro ou menos pessoas.
                Gritou para Mika:
                - Rápido! Eles já estão vindo.
                Mika entrou tão rápido quanto um vulto com sua velocidade sobrenatural.
                - Vamos Sonny! Por que você está parado ainda?
                - Como eu queria um mundo melhor para minha pequena Caroline viver... Prometa-me que vai cuidar dela para mim. - Implorou Sonny parado fora do esconderijo.
                - Nã... - Mika tentou gritar antes que Sonny fechasse a passagem, e seu grito não pudesse ser escutado fora daquele pequeno local. Porém as vozes de fora ainda podiam ser escutadas do lado de dentro.
                - Não! Não ouse tocar em nada nesse quarto ou entã... - a voz de Sonny foi abafada enquanto ameaçava aqueles que violavam seu museu.
                - Limpo. Vamos! - disse o assassino de Sonny.
                Mika queria arrancar a cabeça deles de seus corpos, mas Lune começou a resmungar como se fosse acordar. Mika acendeu sua visão noturna e viu o porquê do príncipe ter ficado tanto tempo desacordado. Havia em seu peito um círculo de feitiço provavelmente da pancada que Krieg deu em seu peito, para que ele não argumentasse contra sua decisão. Mika segurou Lune para que não fizesse algum barulho ali dentro.
                - Silêncio! Vamos esperar até eles irem embora - sussurrou Mika.
                As mãos de Lune ficavam cada vez mais vermelhas com seu próprio sangue enquanto suas unhas penetravam mais e mais em sua carne. Seu sangue fervia de raiva enquanto escutava os barulhos de tiros, gritos e explosões de fora.
                Três horas depois se escutavam os passos e o barulho dos veículos se retirando do castelo até que todo o barulho acabou. Enquanto provavelmente estavam frustrados por voltarem de mãos vazias, sem o alvo capturado, nem vivo nem morto. Sem o pilar que sustentava os vampiros do novo mundo.
                - Meu senhor, você acha que é seguro sair agora e procurar algum abrigo longe de tudo isso?
                - Sim, eles já foram e têm coisas mais importantes para se importarem agora.
                - O que você quer dizer com isso senhor?
                - Supostamente deveríamos ter realizado uma cilada para eles - Disse o príncipe enquanto se levantava - Mas parece que ela não era de confiança
                - Você não quer dizer a Annie não é?
                - Deveria ter escutado Krieg, mas agora não tenho ninguém para escutar, meu conselheiro está morto. O mais prudente é deixar a situação para os anciãos, eles teriam sido mais cuidadosos que eu.
                - Meu senhor, eu não concordo com o senhor, mas se permite o desrespeito do meu desacordo, o senhor já ficou mais de cem anos sozinho a fim de reunir todo o poder e experiência que um líder deveria ter. Foram anos difíceis para todos nós, eles não se importam conosco, numerosos combates aconteceram. Sei que renasci no final desses tempos, mas eu vivi com um velho que me contavam várias histórias de terror sobre guerras contra vampiros e como eles eram massacrados. Quando ele decidiu que eu era digno da vida maldita, ele contou que tudo era verdade. Mas dois anos depois, você voltou e aquele pequeno pedaço de inferno pelo qual eu era obrigado a passar chegou ao fim. Eu sei que não é muito vindo de minha pessoa, mas dez anos escutando essas histórias e mais dois como personagem delas começaram a fazer sentido assim que você voltou. Eu te peço, por mim e por muitos outros que provavelmente também querem isso: por favor, não desista de tudo pelos seus erros, melhor, não ouse abandonar-nos e dar a aqueles velhos filhos de uma puta o poder para decidir a vida de todos nós. Sonny confiou o futuro a você. Ele, Krieg e muitos outros deram suas vidas porque você é nossa esperança.
                - Mika... - o príncipe ficou em silêncio por um tempo - Obrigado por ter estado neste buraco comigo. Não me esquecerei da vida deles ou do que você me contou agora. Em tempos como esse, um novo conselheiro deve ser eleito para me ajudar e estar lealmente ao meu lado. Sinceramente não consigo pensar em ninguém melhor que você agora. Se você é jovem nessa vida maldita, como presumo que você seja de acordo com seu relato, terei de compartilhar meu poder com você, ou então não irá suportar nem mesmo a presença dos anciões e quem dirá andar ao meu lado no caminho mais escuro. Você aceita esse pedido?
                - Meu senhor... - Mika iria começar a falar, mas foi interrompido por Lune.
                - Desse dia em diante, pode me considerar um amigo.
                - Meu amigo, será uma honra aceitar como um presente pela minha lealdade. Não te deixarei para trás, serei mais que o conselheiro, um amigo como Krieg foi.
                Lune mordeu seu pulso e o estendeu até Mika.
                - Compartilhe de minha força, para juntos guiarmos todos para o fim dessa guerra!
                - Sim meu senhor... Meu amigo.

4 comentários:

  1. Ótimo começo de história, bateu até uma vontade de chorar no momento da morte do Sonny, oq falta melhorar mesmo, é o português, como palavras e acentuação errada... mais com o tempo, isso vai melhorar

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  2. Pô, caio! nao conte partes importantes sobre o que acontece na história =/

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  3. Me desculpe, é que eu não vi problema, por não interferir em nada e mentindo eu não estou...xD

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